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Livre

Cheryl Strayed
 

"Nessa altura, meu casamento era como a trilha naquele momento em que percebi que havia um touro nas duas direções. Simplesmente dei um salto de fé e prossegui em uma direção onde nunca tinha estado."

Olá pessoal, tudo bem ?

Hoje eu gostaria de conversar um pouco sobre Livre. Livre conta a história da Cheryl Strayed, que perdeu a mãe aos 22 anos e a partir dessa tragédia perdeu o chão e começou um processo de autodestruição onde ela traiu o marido, se divorciou, usou drogas e utilizou o sexo com estranhos como forma de amenizar a dor. E então, no meio de toda essa tempestade ela resolve fazer uma trilha a Pacific Crest Trail que corta a América do Norte do México ao Canadá como forma de se reencontrar.

Eu adoro esse tipo de livro relato porque geralmente ele é carregado de reflexões que podemos transpor para as nossas vidas, sem falar que é sempre muito interessante ler sobre as grandes aventuras das pessoas, uma vez que, esse tipo de viagem é sempre cheia de perrengues, mas também de grandes recompensas.
 
A narrativa começa em uma cena quando Cheryl esta vivendo exatamente um desses perrenges que leva qualquer um a questionar as suas escolhas e faz pensar o que afinal me fez chegar até aqui. Mas assim que entramos no primeiro capítulo já somos inundados pela história da doença da mãe da Cheryl e de como a própria Cheryl lidou com esse momento e é difícil julgar porque ela veio de uma família, cujo o pai era uma figura que causava medo e não segurança e mãe tinha sido o norte e o centro e ninguém imagina perder a mãe antes que a mesma complete 45 anos.
 
E então a narrativa passa para a trilha propriamente dita, intermediando passado e presente e vamos conhecendo um pouco mais da Cheryl e de tudo que a levou a esse momento.
 
Em certa altura a Cheryl lembrou de uma coisa que a mãe dela disse que ela nunca tinha sido ela mesmo, que ela foi esposa, mãe, mas nunca foi simplesmente a Bobbie e, isso me levou a pensar se estou sendo a Daniela ou apenas representando algum papel também. É para se pensar.
 

Não que o livro seja todo cheio de reflexões para cada passo que ela dá na trilha até porque seria chato, na verdade, ela vai contando o que acontece no dia-a-dia e vamos percebendo que, às vezes, tudo que precisamos é ter uma necessidade maior e mais urgente (sobreviver em uma trilha, com o pé destruído, uma mochila pesando quase metade do próprio peso e fome, muita fome) para conseguir aceitar a vida que temos e passarmos até a nos sentir gratos pela mesma. É como uma meditação, nível high, esvaziasse a mente para se recupera-lá.
 
Também assisti o filme que foi bastante fiel ao livro, algumas alterações necessárias pela mudança de mídia, no livro, ficamos o tempo todo na cabeça de Cheryl e no filme tudo isso tem que passar para tela de alguma maneira, alguns personagens foram fundidos e outros suprimidos. Achei estranho algumas coisas: Karen, a irmã mais velha e o padrasto não existem no filme e senti falta do Doug, acho que o Doug e seu pequeno presente foi significativo para história, no entanto, entendo que seria impossível colocar todos que Cheryl encontrou e cada uma das coisas que ela viveu na trilha, mas gostei do filme e eu gosto bastante da Reese Witherspoon.
 
Livro: Livre
Autor: Cheryl Strayed
Editora: Objetiva
Ano: 2013
373 páginas
 
É um livro sobre redenção, recomeço, autoconhecimento e perdão (a si mesmo e ao universo).
 
Por hoje é isso,
 
Até mais,
 
Dani Moraes
 
Redes Sociais: Facebook, Twitter (danipmoraes), Instagram (danimoraes02) e Snapchat (danielapmoraes)
 

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