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O mágico de Oz

 
L. Frank Baum
“Por mais que as nossas casas sejam tristes e cinzentas, nós, as pessoas de carne e osso, preferimos viver nelas do que em qualquer outro lugar, mesmo o mais lindo do mundo. Não existe lugar igual à casa da gente” 


E aí galera,

                Hoje vamos falar de mais um a leitura linda do mês das crianças e desta vez vamos falar do clássico infantil “O magico de Oz”.
 
                Na introdução da minha edição eu fiquei sabendo que esse é o primeiro livro de uma serie que o autor acabou publicando sobre esse universo de Oz, mas esse foi o livro que se tornou best-seller e um clássico. Também na introdução dizem que esse livro esta para os EUA assim como Alice esta para Inglaterra ou os contos dos irmãos Grimm para Alemanha. Esse livro foi muito comparado ao Alice, mas o Baum criticava bastante o nonsense presente em Alice.

                Eu confesso que era muito desinformada com relação a essa história, não tinha assistido o filme ou qualquer outra adaptação. A única coisa que eu sabia era que tinha um leão, um espantalho e um homem de lata e todas as outras informações que eu tinha provinham da série de TV “Once upon a time”, que não é exatamente uma fonte confiável de versões originais, aliás eu escrevi sobre os dois últimos episódios da última temporada aqui no blog e eles tem uma relação bem grande com O magico de Oz e quem quiser conferir é só clicar aqui.

               Na história a Dorothy que é uma menina do Kansas, um lugar cinzento e sem cor, vai parar junto com o seu cachorrinho Totó na terra de Oz após ser sugada por um ciclone e ao cair a casa dela acabou matando a Bruxa Má do Leste e libertando os Munchkins.  Foi nessa ocasião que Dorothy conheceu a Bruxa Boa do Norte e descobriu que a Terra de Oz era dividida em quatro partes (Norte e Sul – com Bruxas Boas e Leste e Oeste – com bruxas Más) e no centro ficava a cidade das esmeraldas, que é a terra do grande mágico de Oz. E como a garota que muito voltar para casa é aconselhada a procurar o Grande Magico de Oz para obter ajuda. Ela recebi de presente, além do beijo protetor da Bruxa Boa, os sapatinhos mágicos da Bruxa do Leste.

               Para chegar a Oz Dorothy deve seguir pela estrada de tijolinhos amarelos e no seu caminho ela acaba conhecendo os seus companheiros de viagem e cada um deles também deseja alguma coisa do grande Oz. O espantalho que deseja um cérebro, já que sem um cérebro ele não pode pensar e ter boas ideias, o homem de lata que quer um coração para poder amar e o leão covarde, que quer coragem para se tornar o rei dos animais.

               O livro traz uma história de descobertas e auto-conhecimento porque ao longo da história vamos notando que, tudo aquilo que eles tanto anseiam na verdade eles já tem, mas não perceberam ainda. Além disso, é uma história de companheirismo e do valor da amizade.

“Sempre achei que eu era um animal grande e assustador. Mesmo assim, coisinhas tão miúdas como essas flores quase acabaram comigo, e bichinhos pequeninos como os ratos salvaram a minha vida. Como a vida é estranha!”

                O legal dessa história é que ela é cheia de simbolismos e de ensinamentos sem ser aquela coisa do gatinho do He-man “o que aprendemos hoje nessa história?”. Por exemplo, quando descobrimos que na cidade de Oz todos devem usar seus óculos o tempo todo, percebemos que a maneira como vemos as coisas tem muito mais a ver com o nosso olhar do que com a natureza da coisa em si. Isso fica muito evidente em uma fala do magico:

“Como posso deixar de ser um farsante? Essas pessoas me pedem coisas que todo mundo sabe que são impossíveis.”

                Outra coisa bem legal é a pureza dos personagens, que é uma coisa bem difícil para os dias de hoje, além disso,  eles não conseguem simplesmente passar por alguém em uma situação difícil e não ajudar e aí a lei de que tudo que você faz para os outros volta para você fica bem evidente, porque eles sempre acabam sendo ajudados por essas pessoas.

                E eu preciso falar da edição, que capricho que a editora tem, estou cada vez mais encantada pelas edições e com o cuidado que são feitas, uma introdução bem interessante (e a minha edição é a de bolso que não é comentada) e as ilustrações originais de W.W. Denslow e quando você abri o livro o que vê ? A estrada de tijolinhos amarelos. Muito caprichado.


                Eu aproveitei para também assistir o filme de 1939, com a Judy Garland (ela é a mãe da Liza Minnelli) no papel principal e o filme tem muitas diferenças com relação ao livro, a começar com o sapatinho da Dorothy que no livro é de prata e no filme é de Rubi (eles queriam mostrar as cores no filme, um dos primeiros a utilizar a técnica Technocolor), mas livro é livro e filme é filme. A historia é essencialmente a mesma a Dorothy quer voltar para o Kansas e cada um dos seus companheiros quer uma coisa diferente, mas a maneira que a história se desenrola é diferente. As cenas no Kansas antes e depois da história principal não tem no livro, o leão covarde é muito mais covarde no filme, o espantalho é mais esperto no livro e por aí vai.

                Porém, essas diferenças com relação ao livro não têm importância porque o filme também vale muito a pena, além de representar um capítulo importante para a história do cinema, as músicas são muito boas (Somewhere over the rainbow, por exemplo que esta no vídeo abaixo). Eu estou descobrindo o cinema antigo e clássico, recentemente eu assisti “Uma cinderela em Paris” com Audrey Hepburn e Fred Astaire e o Fahrenheit 451 do Fraçois Truffaut e gostei muito, vamos ver se eu continuo nessa vibe. Mas seria bem legal, se eles regravassem o Magico de Oz, com as tecnologias atuais.



                Por hoje é isso, se você já leu ou assistiu o mágico de Oz comenta aqui e deixa a sua opinião, eu vou adorar saber.

Não esqueça de conferir a promoção do blog: http://asverdadesqueopinoquioconta.blogspot.com.br/2014/09/promocao-200-curtidas-na-fanpage.html

E até a próxima,

Dani Moraes

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